“Convém que eu faça as obras d’Aquele que me enviou, enquanto é dia.”
Jesus (JOÃO, 9: 4)


Sabemos que o labor divino do Mestre é incessante e efetua­se num dia perene e resplandecente de oportunidades; no entanto, para gravar­nos no entendimento o valor real da passagem na Terra, fala­nos Jesus de sua conveniência em aproveitar o ensejo do contacto direto com as criaturas.
Se semelhante atitude constitui motivo de preocupação para o Mestre, que não dizer de nós mesmos, nos círculos carnais ou nas esferas que lhes são imediatas, dentro das obrigações que nos competem na sagrada realização do bem eterno?
Cristo não se refere à necessidade de falar das obras de Deus, mas, sim, de construí-­las a seu tempo.
Não ignoramos que, sendo Ele o Enviado do Altíssimo no mundo, os discípulos da Boa Nova são, a seu turno, os mensageiros do seu amor, nos mais recônditos lugares do orbe terrestre. Os que vibram de coração voltado para o Evangelho são, efetivamente, emissários da Divina Lição entre os companheiros da vida material, onde quer que estejam, e bem­aventurados serão todos aqueles que aproveitarem o dia generoso, realizando em si próprios e em derredor de seus passos as obras santificadas d’Aquele que os enviou.
Jamais desdenhes, desse modo, a posição em que te encontrares. Busca valorizá-­la, através de todos os meios ao teu alcance, a fim de que teu esforço seja uma fonte de bênçãos para os outros e para teu próprio círculo. Nunca te esqueças de aproveitar o tempo na aquisição de luz, enquanto é dia.

Do livro Caminho, Verdade e Vida – Emmanuel – Chico Xavier